Mulheres do Alimento da Inclusão traçam Mapa da Vida
“Com o mapa em mãos podemos elaborar novas vertentes de trabalho, de acordo com o perfil de cada uma. A análise do material nos permite, por exemplo, observar quem tem dificuldades de escrever, o que favorece a busca de uma ajuda mais significativa na parte de leitura e escrita para aquela aluna”, explica Tereza. Segundo ela, o mapa também ajuda a perceber quem necessita de acompanhamento psicológico ou assistência social.



“É no papel que algumas revelam não ter condições de criar o filho, escrevem poemas ou dizem querer se aperfeiçoar na área de alimentos para montar seu próprio negócio”, complementa a coordenadora, acrescentando que a turma anterior é um exemplo que elas seguem com determinação, pois muitas já atuam no mercado, tanto contratadas por empresas, como produzindo encomendas de pratos diversificados para festas.
Rita de Cássia Cardoso, 33, é manicure, mas diz que nem todo dia tem clientes. Complementa a renda produzindo comida para vender na feirinha da Vila Palmeira. Atualmente, por não ter uma casa, mora com a irmã, e por não ter condições de criar o filho, deu a criança de nove anos para que o irmão prosseguisse nessa missão. “Mas quando conseguir meu emprego vou pegar ele de volta”, revela.
“Tenho vontade de aprender a fazer tortas frias e bolos confeitados. Vejo que isso é possível no projeto”, diz Edinalva, que já havia tentado em vão uma vaga na primeira turma e persistiu em entrar na segunda, sonha já realizado.
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