Estudantes do IFMA apresentam projetos na Feira de Ciências, Sustentabilidade e Inovação
Em São Luís, o evento aconteceu no Convento das Mercês. No local, foram apresentados três projetos do IFMA – “Projeto Scama´s: Empreendedorismo sustentável a partir de bioprodutos de escamas de peixe”, do Campus São José de Ribamar; “Estudo da formação de briquetes produzidos de caroços do açaí”, do Campus São Luís-Monte Castelo; e “Campainhas inclusiva para cegos e surdos”, do Campus São Luís-Monte Castelo.
No estande do projeto Scama’s, a equipe formada por estudantes e professores do IFMA mostrava o resultado do trabalho de desenvolvimento de artesanato com escamas de peixe que iriam para o lixo e foram transformadas em bijuterias como brincos e objetos de decoração para casa. A ação envolve conhecimento de marketing, empreendedorismo, contabilidade e até mesmo química. “O Campus São José de Ribamar está situado em uma cidade considerada polo pesqueiro. Há material abundante para esse tipo de produto artesanal. É uma forma de incrementar a renda da comunidade de pescadores da região. Nossa equipe de alunos trabalha aprimorando essas peças, experimentando técnicas para a confecção das biojoias”, explicou a professora de Administração Luzimar Aroucha, que coordena o projeto com a professora Mariceia Ribeiro Lima.
A equipe do projeto Scama’s é formada, além das professoras, pelos estudantes Maria Eduarda Ferreira, Evelyn Oliveira, Rafisa Rocha, Lucas Gabriel Silva, Jacyele Bacelar, Marcela Machado, Vitória Costa e Crislaine Amorim. Com escamas de vários tamanhos advindas de diversas espécies de peixes retirados do mar pelos pescadores locais, os alunos produzem, por exemplo, tiaras, porta guardanapo, flores artificiais, móbiles, brincos e enfeites de chapéu. “Nosso objetivo é dar novo significado às escamas de peixe, criando peças de interesse comercial. Fazemos a limpeza do material, colorimos as escamas com pigmentos naturais, como borra de café, casca de feijão, sumo de beterraba. Depois moldamos as peças. Vamos experimentando materiais e o design dos objetos produzidos, além de analisar o potencial de produção e comercialização das peças”, comentou a aluna Maria Eduarda Ferreira.
Já no estande do projeto “Campainhas inclusiva para cegos e surdos”, foi apresentado um dispositivo de inovação tecnológica criado e aprimorado para auxiliar pessoas com deficiência visual ou auditiva a atender à porta com segurança. O projeto, que utiliza o protocolo MQTT, faz o reconhecimento facial de quem está tocando a campainha e emite um alerta luminoso, em uma lâmpada, e vibratório, no celular, identificando e notificando quem está tocando a campainha. “Além de mostrar o rosto na tela do celular, identifica a pessoa, registra o nome, que é lido em voz alta pelo aparelho, e o horário em que a visita chegou à casa”, explicou o aluno William Valther Martins.
Todas as funções da campainha para cegos e surdos foi desenvolvida a partir da experiência e dos requisitos sugeridos pela aluna surda Thalyta Santos, que participa do projeto com a irmã, Nykolle Amorim. “Em casa, costumávamos passar por problema quando eu, que sou surda, ficava em casa sozinha e minha mãe ou irmã esquecia a chave. Do lado externo, elas não conseguiam se comunicar comigo e tinham dificuldade para entrar. Quando elas saiam e eu precisava atender à porta alguma visita, havia insegurança, pois nem sempre podia saber quem estava do outro lado querendo entrar”, disse Thalyta Santos. Pensando em soluções para os problemas apontados pela estudante e sua irmã, o projeto foi aprimorado.
Além das irmãs e do estudante William Valther Martins, participam do projeto “Campainhas inclusiva para cegos e surdos” os alunos Wanderson Paiva, Geovane Sousa, Paulo Vinicius Silva, Nicole Alencar e Ulysses Pereira. A pesquisa é coordenada pelo professor Almir Souza. “O projeto é desenvolvido desde 2019 e está na sua versão 4.0. O mais importante é a participação dos alunos com deficiência auditiva ou visual, que avaliam o projeto, apontam os problemas e possíveis soluções, exercendo o controle de qualidade, ditando as ações que valem a pena ser desenvolvidas ou não”, disse o professor.
No estande do projeto “Estudo da formação de briquetes produzidos de caroços do açaí”, os alunos Matheus Lago da Fonseca, Brenda Letícia de Sousa Santos Silva e Michaell Silva de Sousa apresentavam briquetes feitos a partir do caroço de açaí para serem utilizados em substituição ao carvão vegetal. A pesquisa, desenvolvida sob a coordenação do professor Keyll Martins, utiliza o material descartado em pontos de venda de juçara em São Luís.
Para a produção dos briquetes, o caroço é triturado e prensado. “Experimentamos diversos processos para a fabricação dos briquetes, até chegar a um resultado satisfatório, com fácil produção e boa qualidade”, explicou o estudante Matheus Lago da Fonseca.
Em Pinheiro foi apresentado, no Centro Educa Mais Dom Ungarelli, o projeto “Sistema de irrigação automática: a robótica atuando na sustentabilidade”, do campus do IFMA no município. Em Imperatriz, os projetos foram apresentados no Centro de Convenções. Participaram da exposição na cidade os trabalhos “Minha escola neutra em carbono”, do Campus Porto Franco; “Produção de briquetes a partir do resíduos gerados no polo moveleiro de Açailândia como alternativa para redução de impactos socioambientais”, do Campus Açailândia; “Desenvolvimento de um dispositivo autônomo de baixo custo para tratamento e produção de adubo orgânico”, do Campus Imperatriz; e “Sistema de irrigação automática via WIFI – IOT”, do Campus Imperatriz.
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