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IFMA implanta projeto de sinalização em braile com impressão 3D

A produção pela Fábrica de Inovação da instituição proporciona redução de custos
  • Cláudio Moraes
  • publicado 24/01/2023 18h37
  • última modificação 24/01/2023 18h51

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Viabilizar a acessibilidade às pessoas com deficiência visual no Instituto Federal do Maranhão (IFMA), de forma que elas consigam conhecer todo o ambiente de forma independente. Com esse objetivo, a professora da área de Informática, Nara Suellen Chaves, deu início, em junho do ano passado, ao projeto “Criação e produção de placas de sinalização em Braille para identificação dos setores do Campus Timon com uso de impressora 3D”.

 

O trabalho foi selecionado no edital PRPGI nº 92/2022 – Pesquisa e Inovação Aplicada às Fábricas de Inovação 2022/2023 e vem sendo executado com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa (FAPEMA), com previsão de conclusão ainda neste mês. “Como o campus não possuía placas informativas com acessibilidade aos deficientes visuais, uma adaptação se fez necessária visando uma maior independência para o deficiente”, apontou Nara Chaves.

 

Foram impressas 55 placas para salas (administrativo, laboratórios, salas de aulas) e 19 para os banheiros, incluindo os pictogramas das portas.  Para a produção foram utilizadas duas impressoras FDM (Fused Deposition Modeling) fechadas.

 

 

De acordo com a professora Nara, o desenvolvimento do projeto dentro da Fábrica de Inovação possibilitou uma economia contratual do campus com a produção das placas. “O projeto também beneficiou os estudantes participantes com o auxílio financeiro”, frisou.

 

 

Além da professora Nara Chaves, integram o projeto o extensionista Wanderson Almeida Oliveira, os estudantes de Ensino Médio, Francisca Riany da Conceição Gomes e Lucas Gabriel da Silva Nascimento, e o aluno da graduação Kaua Cardoso Soares.

 

Com a divulgação do trabalho, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Timon) já procurou pelo IFMA, em busca de parceria para produção das placas para uso na instituição.

 

 

Sinalização em São Luís a baixo custo

No Campus São Luís Monte Castelo, a proposta foi implementada pelo diretor geral Cláudio Leão Torres. “A concepção surgiu na Reditec [Reunião Anual dos Dirigentes das Instituições de Educação Profissional e Tecnológica] quando foi apresentada uma ata de preço de sinalização, com valores muitos altos”, explicou Cláudio. Então surgiu a ideia de confeccionar nas impressoras 3D do campus. “A professora de Timon, Nara Chaves, fez uma placa inicialmente e compartilhou o projeto”, prosseguiu. “Eu comecei a estudar a impressora 3D que nós temos no campus e iniciamos a trabalhar o modelo, que depois obteve a aprovação da intérprete de braile do campus, Denise Ferreira Costa”, ressaltou.

 

O diretor geral do Campus Monte Castelo, Cláudio Torres, desenvolveu o projeto para reduzir os custos

 

O IFMA Campus Monte Castelo utiliza um software do Instituto Federal do Rio Grande do Sul que gera o conteúdo no padrão internacional de braile. “Trabalhamos a altura do relevo da placa, que auxilia os alunos de baixa visão”, destacou.

 

“Uma placa de 20 cm custa cerca de R$ 500,00 e estamos confeccionando uma placa por R$ 10,00”, revelou. “A maior demanda, na verdade, é o esforço de trabalho na execução, pois uma placa é confeccionada em cerca de duas horas”, explicou Cláudio Leão. São fabricadas 4 placas por dia por impressora e tem alta durabilidade.

A impressão da placa em braile é executada com software gratuito desenvolvido pelo IFRS, obtido com apoio do professor Ernesto de Lucena Chagas

A meta do Campus Monte Castelo é sinalizar 40 salas, 60 laboratórios e 40 departamentos e os demais setores administrativos, totalizando um número superior a 150 placas.  De acordo com Cláudio Leão, o setor administrativo do campus já se encontra totalmente sinalizado. “A nossa placa tem muita informação com a logomarca em alto relevo, sigla do campus, piso e sala”, mencionou. “Nem todo cego conhece braile e, por isso, utilizamos também as letras em alto relevo”, explicou. O contraste das cores segue a orientação da intérprete Denise Costa.

 

“Usamos um filamento PLA com impressão à frio e extrusão a alta temperatura (220 °C)”, informou o diretor. No momento está sendo utilizado uma única impressora, mas o professor Daniel Lima e bolsista Alexsandro Soares irão executar a impressão das placas dos laboratórios do prédio anexo no IFMaker. O design foi concebido pelo próprio diretor do campus, Cláudio Leão.

 

A sinalização em braile é um item obrigatório que é avaliado pelo Ministério da Educação. Para Cláudio, a ideia pode ser expandida para os outros campi, pois quase todos tem impressora 3D. “Também não tenho conhecimento do uso de impressora 3D por Institutos Federais para essa finalidade”, concluiu.

 

O Campus Monte Castelo iniciou a sinalização em novembro, com impressão de letras soltas, com o software 3D-TinkerCad e o auxílio do professor Daniel Lima.

 

Após orientação das tradutoras e intérpretes em Braille, Denise Ferreira Costa e Maria Soraia  Nascimento Farias, foi acrescentada cor nas letras, com impressão  diretamente em uma placa, com pintura após a impressão com o mesmo filamento.

 

Na terceira fase do projeto foi utilizada a impressão com dois filamentos de cores diferentes, um para a base e outro para as letras em alto relevo, fornecendo mais durabilidade.

 

Na quarta fase do projeto, por sugestão da professora Nara Chaves, do Campus Timon,  as informações no Campus Monte Castelo foram reunidas em uma mesma placa

 

 

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